quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Amazônia e a Campanha da Fraternidade

"O tema da Campanha da Fraternidade 2007 – Amazônia e Fraternidade, assim como o lema, Vida e missão neste chão refletem sobre as preocupantes questões ambiental e social que ameaçam o maior patrimônio natural do mundo, e podem levar à perda irreparável de inestimáveis riquezas humanas e culturais, não apenas para a população brasileira, mas para a humanidade.
A idéia do tema surgiu em 2002, quando a CNBB constituiu a Comissão Episcopal para a Amazônia com o objetivo de ajudar toda a Igreja no Brasil a voltar os olhos para a Amazônia e a tomar consciência dos grandes desafios da evangelização naquela região.
Para o secretário geral da CNBB, Dom Odilo Scherer, a proposta da Campanha da Fraternidade 2007 é promover a fraternidade efetiva com as populações amazônicas; é defender e promover a vida que se manifesta com tanta exuberância na Amazônia."

A Amazônia é uma floresta importante para todo o mundo. Temos que cuidar da Amazônia, não botar fogo nas matas, não cortar as árvores, não caçar os animais. Se os homens continuarem fazendo isto, o ar irá ficar cada vez mais poluído, os rios poderão até secar e a temperatura da Terra irá esquentar.

A nossa linda floresta pode virar um deserto.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Video da campanha da fraternidade



um video onde nos mostra varias imagens da Amazônia, e com elas abrimos os olhos, pois não devemos deixa-la ser destrída.

Video sobre os problemas da amazônia...



Várias soluções para os problemas da Amazônia têm sido sugeridas, algumas completamente irrealistas, como a de simplesmente preservar aquela região como um museu vivo, ignorando que lá vivem 20 milhões de brasileiros. Outras são ingênuas, como a de tratar a Amazônia como se fosse a Costa Rica, onde a preservação das florestas dá origem ao ecoturismo, atraindo visitantes dos Estados Unidos. O território da Costa Rica é cem vezes menor do que a Amazônia Legal. É por essa razão que as doações bem-intencionadas de áreas para preservação de alguns milhares de hectares no Paraná ou em outras partes do País são louváveis, mas não têm maior significado diante do tamanho do problema na Amazônia.

Video dos povos do bananal

O documentário retrata os habitantes da Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, situada no estado de Tocantins, entre os rios Araguaia e Javaé. Nesse rico habitat encontra rica e imensa biodiversidade e quatro etnias indigenas, os Javaès, Karajas, Ava-Canoeiros e Tapirapés.

Misticismo e Religiosidade

Misticismo
é aquilo relacionado ao sobrenatural, ou seja, aquilo que não é puramente científico e depende de uma crença adicional para ser fundamentado. Aquilo não relacionado ao materialismo. O misticismo pode ser também qualquer crença que admite a comunicação dos homens com Deus ou algum ser imaterial ou entidade divina.

Do livro de Jacob Boehme "O Príncipe dos Filósofos Divinos], o misticismo se define por: o misticismo, em seu mais simples e essencial significado, é um tipo de religião que enfatiza a atenção imediata da relação direta e íntima com Deus, com a consciência da Divina Presença. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de vida. O iniciado que alcançou o "segredo" foi chamado um místico. Os antigos cristãos empregavam a palavra "contemplação" para designar a experiência mística.

"O místico é aquele que aspira a uma união pessoal ou a unidade com o Absoluto, que ele pode chamar de Deus, Cósmico, Mente Universal, Ser Supremo, etc

Definição

Uma definição de misticismo não poderia ser ao mesmo tempo significativa e de abrangência suficientemente para incluir todos os tipos de experiências que têm sido descritas como "místicas".

Por definição natural, misticismo é a prática, estudo e aplicação de algumas danças feitas pelos javaés, mitos e historias.

Desta forma, a Mística se distingue da Religião por referir-se à experiência direta e pessoal, com a divindade, com o transcendente, sem a necessidade de intermediários, dogmas ou de uma Teologia.

Um exemplo é os javaé acreditar que há muito tempo atrás os seres humanos moravam "abaixo do leito dos rios" um lugar mágico e fechado, úmido, onde as pessoas não morriam nem trabalhavam, o tempo não passava, a comida era abundante, a reprodução era feita magicamente, sem contatos sexuais, os seres humanos não casavam entre si.

A Religião

pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino e sagrado, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças.

Dentro do que se define como religião pode-se encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de fato muito diferentes entre si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas. É fato que toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades ou deuses. As religiões costumam também possuir relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a morte. A maior parte crê na vida após a morte.

ela está correndo sérios riscos


A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo.
Mas ela está correndo sérios riscos:
- a poluição dos rios;
- o desmatamento;
- o tráfico de fauna e flora;
- a diminuição das terras indígenas;
- a extinção de espécies...
A Floresta Amazônica é importante para o mundo inteiro. Isso torna seus problemas, problemas mundiais.

Temos que cuidar da Amazônia para que ela não acabe!

Curiosidades da Amazônia


  • "O maior peixe de água doce do mundo é encontrado no Amazonas. Trata-se do pirarucu, que atinge até 2,5 metros de comprimento, pesando 250 quilos

  • A Vitória-régia, um dos símbolos da Amazônia, é a maior flor do mundo. Algumas chegam a medir 2 metros de diâmetro

  • O maior animal da Amazônia é o peixe-boi, que pode atingir o peso de meia tonelada, com 3 metros de comprimento

  • A sucuri da Amazônia chega a medir 10 metros de comprimento.

  • O tamanho da Amazônia, a sua localização, a grande variedade de ecossistemas e o fato de que boa parte da área ainda esteja intacta, fazem da região um dos grandes armazéns de biodiversidade do planeta

  • A Amazônia é o maior bioma terrestre do planeta. Ocupa uma área superior à 7,7 milhões de km2, dividida entre 9 países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. A Amazônia Legal ocupa 60% do território brasileiro e abrange os estados do Amazonas, Acre, Amapá, oeste do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Roraima e Tocantins.

  • O clima da região é bastante úmido, com temperatura média de 24o C, variando muito pouco. É um dos locais mais chuvosos do mundo: metade da planície amazônica fica submersa durante a estação das chuvas, pois as águas sobem em média 10m. A grande bacia fluvial do Amazonas possui 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e é recoberta pela maior floresta equatorial do mundo, correspondendo a 1/3 das reservas florestais da Terra. É considerada, também, uma das mais antigas coberturas florestais, estabilizada a cerca de 100 milhões de anos

  • Diversos ecossistemas interagem em equilíbrio na Amazônia: 65% de sua área total é composta pela floresta tropical úmida de terra firme e o restante é constituído por matas de cipó, campinas, matas secas, igapós, manguezais, matas de várzeas, cerrados, campos de terras firmes, campos de várzeas e matas de bambu.

  • É a região com maior biodiversidade de todos os continentes: comporta metade das espécies de aves hoje conhecidas (cerca de 1.622 espécies), possui a maior diversidade de insetos (10 a 15 milhões), répteis (468 espécies) e anfíbios (517 espécies). Possui mais espécies de peixes que o Oceano Atlântico (3 mil espécies) e suas águas também são ricas em caranguejos, camarões, serpentes, tartarugas, lagartos, golfinhos (boto cor-de-rosa), lontras, jacarés e tubarões. São mais de 524 espécies de mamíferos, com destaque para as 30 espécies de macacos endêmicas da mata amazônica.

Video com Imagens da nossa amazonia



A Amazônia é responsabilidade de todos nós brasileiros, mas, quem está cuidando dela?
Não podemos deixar essa beleza desaparecer.

A nossa Amazônia



"Um imenso tapete verde formado por árvores. É assim que se vê a Amazônia do céu.
Mas se formos chegando mais perto, mais perto e mais perto (devagarinho para não assustar ninguém), teremos surpresas entre as árvores da floresta: ali moram onças, macacos, araras, tucanos, tamanduás. Ali nascem plantas e flores raras. Ali existem rios enormes, cheios de peixes.
É tanta riqueza natural que o homem ainda nem conseguiu descobrir tudo que existe na Amazônia!
São milhões de espécies que ainda não foram catalogadas, um tesouro único no mundo. Isso sem falar na cultura dos primeiros habitantes da floresta, os índios, com quem não cansamos de aprender.
Além de ser um lugar exuberante, a floresta é também muito importante para a saúde da Terra. São as árvores que limpam o ar que respiramos, pelo processo da fotossíntese, em que as plantas absorvem o gás carbônico do ar e da água para obtenção de energia, eliminando na atmosfera o oxigênio, fundamental à vida. Dizem até que a floresta amazônica é o pulmão do mundo.
Ela é tão grande que ocupa pedaços de nove países: Brasil, Venezuela, Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.

Apesar do desmatamento, a floresta amazônica ainda é a maior e mais rica floresta tropical do planeta, e ocupa quase a metade de todo o território brasileiro.
Só no Brasil, ela está presente em nove estados: Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá, norte do Mato Grosso, leste de Tocantins e Maranhão.
A floresta cobre 5,5 milhões de quilômetros quadrados (o equivalente a 1 milhão de campos de futebol!). "

Javaé


# Nome

# Língua
# Localização
# População
# História do contato
# Organização social
# Mulheres e homens nos mitos e nos ritos




Nome
Os Javaé são um dos três subgrupos em que se dividem os índios Karajá. Os outros dois são os Karajá propriamente ditos e os Xambioá. A palavra Javaé, provavelmente de origem tupi-guarani, não pertence à língua que eles falam. Inÿ, a autodenominação geral dos três subgrupos, quer dizer "gente", "ser humano", mas os Javaé e os Karajá
também autodenominam-se Itya Mahãdu, "o Povo do Meio".

Língua
Os três subgrupos são culturalmente semelhantes, embora haja algumas diferenças, e falam a língua Karajá, com algumas variações dialetais, pertencente ao tronco linguístico Macro-Jê. Ela é bem diferente de qualquer outra língua do mesmo tronco. A língua nativa ainda é o principal meio de comunicação entre os Javaé. Uma característica notável entre os Karajá como um todo é a diferenciação entre a fala das mulheres e crianças e a fala dos homens, feita através de alguns fonemas e expressões específicas para cada gênero, que é mais acentuada entre os Karajá propriamente ditos e expressa a forte divisão entre os papéis masculino e feminino. No que se refere à relação com a sociedade envolvente, todos os Javaé falam e entendem um mínimo de português.

Localização

Desde tempos imemoriais, os Karajá como um todo habitam o vale do rio Araguaia, até pouco tempo atrás considerado um dos rios mais piscosos do mundo. É o principal afluente do rio Tocantins e nasce na serra dos Caiapós, situada na divisa entre Goiás e Mato Grosso do Sul. Com seus 2.000 km de extensão, o Araguaia forma em seu médio curso a maior ilha fluvial do mundo, a de Bananal, no estado do Tocantins, junto à fronteira de Mato Grosso.

Dona de uma biodiversidade única, a ilha é repleta de lagos e rios, tem cerca de 2.000.000 de hectares e é considerada pelos Karajá e Javaé como o lugar mítico de onde surgiram. Pode-se dizer que o rio Araguaia ocupa uma zona de transição entre as áreas de cerrado do planalto Central e a floresta Amazônica, representada pelas matas de grande porte que margeiam o rio, apesar do desmatamento crescente. A ilha do Bananal e as regiões inundáveis ao seu redor caracterizam-se pela vegetação de cerrado, em sua maior parte, e pelas matas-galeria, de menor porte, que margeiam os afluentes do Araguaia e do Javaés (braço do Araguaia que faz o lado oriental da ilha de Bananal).

A principal característica climática da região é a alternância bem marcada entre a época das chuvas e cheias (de outubro a maio), quando o rio Araguaia e seus afluentes saem de seu leito e inundam a maior parte da ilha e vastas áreas ao seu redor, e a época da ausência de chuvas e esvaziamento gradativo dos rios (de junho a setembro). A cidade de Gurupi, no estado de Tocantins, é o maior centro urbano da região próxima aos Javaé, situada a 120 km de Canoanã, sua maior aldeia.

Os Karajá propriamente ditos sempre habitaram as margens do rio Araguaia, seja do lado oeste da ilha do Bananal ou no alto curso do rio, mais recentemente; os Xambioá ou "Karajá do Norte" associam-se ao baixo curso do rio, ou seja, ao norte do estado de Tocantins; os Javaé, por sua vez, segundo a tradição oral nativa e os primeiros registros históricos por escrito, costumavam viver no interior da iha do Bananal e ao longo do rio Javaés e seus afluentes até o início do século 20.

No que se refere à situação legal da terra indígena, em 1959, foi criado o Parque Nacional do Araguaia, destinado à preservação ambiental e correspondente à totalidade da Ilha do Bananal, com 2.000.000 ha. Em 1971, um novo decreto criou o Parque Indígena do Araguaia, que passou a dividir a área total da ilha com o Parque Nacional. Após algumas retificações, em 1980, o Decreto n° 84.844 alterou os limites dos parques e a área atual do Parque Indígena passou a ter 1.395.000 ha.

O novo decreto deixou de fora da terra indígena a aldeia Boto Velho, dos índios Javaé. Em razão disso, a FUNAI interditou provisoriamente uma área de 145.080 ha ao redor da aldeia Javaé, em 1985, dentro da área do Parque Nacional do Araguaia, agora administrado pelo IBAMA, enquanto não se chega a uma resolução para o problema da aldeia Boto Velho. A área do Parque Indígena do Araguaia, sem a aldeia Boto Velho, começou a ser demarcada pela FUNAI no início de 1998, foi homologada em abril do mesmo ano e registrada em seguida. Tem 1.358.499 ha de superfície e 943 km de perímetro.

População
Os Javaé eram 650 pessoas em 1939, segundo o antropólogo americano William Lipkind, época que coincide com o início de um contato mais contínuo dos Javaé com a sociedade envolvente. Quarenta anos depois, em 1979, o antropólogo brasileiro André Toral contou apenas 350 pessoas, um número que mostra a drástica redução populacional ocorrida após o contato. Atualmente os Javaé têm uma população de 850 pessoas (FUNAI, 1999).


História do contato

A história oral Javaé menciona uma longa série de conflitos e guerras com os Xavante e Kayapó, seus tradicionais vizinhos, que não mais ocorrem há várias décadas; com os Avá-Canoeiro, que, expulsos de seu território de origem, tornaram-se inimigos dos Javaé mais recentemente, ao perambular pela região do médio Araguaia; e ainda com vários outros grupos já extintos e sem identificação na língua portuguesa. Os Javaé também falam de casamentos interétnicos e intercâmbios culturais no passado, principalmente com os Tapirapé.

No Brasil colonial, várias levas de bandeirantes chegaram à região do rio Araguaia à procura de índios para escravizar. É de 1775 o primeiro relato escrito de alguém que esteve numa aldeia Karajá, o alferes José Pinto da Fonseca, dirigido ao "General de Goyazes". O autor menciona a bandeira do paulista Pires de Campos, que cerca de 25 anos antes teria exterminado os habitantes da principal aldeia Karajá. Contudo, o alferes estabeleceu contatos amistosos, visitou algumas aldeias Karajá e nelas encontrou alguns líderes Javaé, para quem também leu a carta com intenções de amizade enviada pelo General de Goyazes. Concluiu que na ilha existiam seis aldeias Karajá e três Javaé, num total de 9.000 pessoas.

Tanto a carta do alferes como outros documentos posteriores fazem referência a uma bandeira do ano anterior, quando o Ouvidor Antônio J. C. d'Almeida teria fundado aldeias com índios Javaé e Karajá com o objetivo de facilitar a navegação e povoar a ilha do Bananal. Cunha Mattos revela que nessa época, 1774, os navegantes estavam fugindo de ataques dos Karajá no Araguaia, preferindo a descida pelo braço menor, o rio Javaés. Com o estabelecimento de contatos amistosos com os Karajá, o braço menor deixou então de ser usado como canal opcional de navegação, caindo no esquecimento juntamente com os Javaé.

A ameaça mais recente à sobrevivência física e cultural dos Karajá como um todo é a construção da hidrovia Araguaia-Tocantins pelo governo federal, que prevê o afundamento do leito do rio Araguaia em vários trechos, redução no nível de água de seus afluentes, explosão de bombas dentro do rio, desmoronamento dos barrancos e a navegação diária de navios de grande porte.

Um fato notável, apontado por antropólogos que trabalharam com os Karajá, é que, apesar dos problemas sérios e ameaças advindas do contato com a sociedade nacional, os Karajá e Javaé têm mostrado uma surpreendente capacidade para lidar com essas novidades mantendo aspectos fundamentais da cultura tradicional, entendida aqui como um conjunto de pensamentos e práticas flexíveis capazes de dialogar com o novo sem desfigurar-se. Justamente nas aldeias onde a pressão do contato é maior, como Santa Izabel, dos Karajá, e Canoanã, dos Javaé, é que têm surgido os mais importantes líderes no que diz respeito à relação com a sociedade nacional.





ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Antes do contato, e atualmente ainda em pequenas aldeias Javaé, os moradores de uma aldeia eram basicamente grandes famílias extensas organizadas em torno do fundador da aldeia (hawa wedu ou "dono da aldeia/lugar") e de seus descendentes, os quais tinham o direito inquestionável de permanecer no lugar, expulsar habitantes indesejáveis e decidir se aceitavam ou não novos moradores.

A liderança local era dividida apenas com os chefes rituais, como o ixÿtyby ("pai do povo") ou o ixÿwedu ("dono do povo"), condutores de rituais; e o iòlò, título de honra que o/a primogênito/a herda do pai ou mãe que for iòlò e que transmite uma série de direitos e prerrogativas. Cabia aos iòlò a tarefa básica de interferir nos conflitos entre famílias, sendo sua palavra respeitada por toda a comunidade. Após o contato, surgiu um novo tipo de líder, o especialista nas relações com os não-índios, que deve dominar a língua portuguesa e entender os mecanismos de funcionamento das várias esferas da sociedade nacional. Em muitos casos, o novo tipo de líder é um descendente de iòlò ou do hawa wedu.

A maioria das aldeias Javaé ainda mantém a disposição espacial tradicional, baseada em uma oposição assimétrica entre uma ou mais fileiras de casas ao longo do rio, associadas ao mundo feminino e das famílias extensas, e a casa dos homens, associada ao mundo masculino e ritual. Embora hoje em dia muitos jovens casais prefiram morar em casas menores e separadas, a regra da residência uxorilocal e o "pagamento pela esposa" (tykòwy) ainda formam a base da organização social.

Quando se casa, o homem tem que viver com a esposa, quase na condição de estranho, na casa de seus sogros, submetendo-se à autoridade destes últimos e tendo que pagar pela esposa aos sogros e cunhados por um longo período da vida, pescando, caçando, plantando etc. Os próprios Javaé chegam a dizer que toda a atividade econômica da aldeia existe em função do pagamento pela esposa. A cerimônia tradicional do casamento arranjado pelas avós, praticamente inexistente hoje, dramatizava a hesitação masculina em contrair matrimônio, dado o caráter de desafio que este adquire para o homem.


Mulheres e homens nos mitos e nos ritos

Segundo os mitos Javaé, há muito tempo atrás os seres humanos moravam "abaixo do leito dos rios" (berahatxi), um lugar mágico e fechado, úmido, onde as pessoas não morriam nem trabalhavam, o tempo não passava, a comida era abundante, a reprodução era feita magicamente, sem contatos sexuais, os seres humanos não casavam entre si. Os homens viviam em coletividade, mas não em sociedade, eram seres humanos não sociais.

Em um determinado momento, algumas dessas pessoas encontraram uma saída para o mundo em que vivemos agora e, atraídas principalmente pelo fascínio dos espaços amplos e abertos e pelas comidas novas que encontraram aqui, decidiram sair do fundo dos rios e habitar esse novo lugar, o ahana obira. Aqui descobriram que o mundo não era mais encantado: o tempo passava, as pessoas morriam, era preciso trabalhar para comer e, principalmente, casar-se e manter relações sexuais para garantir a reprodução do grupo.

A única saída era viver em sociedade, através da aliança entre famílias, surgindo então a uxorilocalidade e o pagamento pela esposa, práticas desconhecidas anteriormente. Os seres humanos que ficaram no fundo dos rios transformaram-se nos Aruanãs, seres humanos mascarados e mágicos que lá vivem até os dias de hoje.

Lendas...

Lenda da Origem do Rio Amazonas
Há muitos anos, existia na selva amazônica dois noivos apaixonados que sonhavam ser um casal. Ela vestia-se de prata e seu nome era Lua. Ele vestia-se de ouro e o seu nome era Sol. Lua era a dona da noite e Sol era dono do dia.Havia porém, um obstáculo para aquele namoro: se eles se casassem o mundo se acabaria. O ardente amor de sol queimaria a terra toda e o choro triste da Lua toda a terra afogaria.Apesar de apaixonados, como poderiam se casar? A Lua apagaria o fogo? O Sol faria toda a água evaporar?Assim, eles se separaram. Eles nunca puderam se casar. Os noivos ficaram desesperados, a Lua de prata e o Sol de ouro.No desespero da saudade, a Lua chorou durante todo um dia e toda uma noite. Suas lágrimas escorreram por morros sem fim até chegar ao mar. Mas o mar, com tanta água embraveceu-se, ele não queria aceitar tanta água.A sofrida lua não conseguia misturar suas lágrimas às águas bravas do mar. Algo estranho aconteceu. As águas escavaram um imenso vale, serras se levantaram. Um imenso rio apareceu. As lágrimas da lua formaram o rio Amazonas, o rio-mar da Amazônia.

A Lenda do Guaraná





Entre os Índios Maués nasceu um menino muito bonito, de bom coração e de inteligência fabulosa. Como era muito esperto e alegre todos na tribo o admiravam.

Jurupari, o espírito do mal, ficou com inveja da criança e passou a espreitar para acabar com sua vida. A tarefa não era das mais fáceis, já que os outros índios sempre estavam à sua volta, principalmente os mais velhos que se sentiam na obrigação de protegê-lo. Mas Jurupari não sossegaria até fazer o mal ao pequeno.

Num dia, o menino brincando acabou se afastando dos outros índios. Encontrou uma árvore e tentou colher uma fruta. Jurupari se aproveitou e, na forma de uma cobra, deu o bote sobre a criança, matando-o.

A noite chegou e deram por falta da criança. Começou a procura por toda a tribo. Até que o encontraram morto aos pés da árvore. A notícia logo se espalhou com a tristeza geral na tribo.

Todos lastimavam a inusitada morte da criança mais amada de toda a tribo dos Maués. Chorou-se por várias luas ao lado do corpo inerte.

Num dado momento durante o funeral, um raio caiu justamente ao lado do garoto morto. "Tupã também chora conosco", disse a mãe da criança, "vamos plantar os olhos de meu filho para que deles possa nascer uma planta que nos trará tanta felicidade quanto o menino em vida nos trouxe". E assim fizeram!

Foi assim que dos olhos do pequeno índio nasceu o guaraná, fruta viva e forte como a felicidade que o pequeno indiozinho dava aos seus irmãos."

Amazônia - Etimologia




O nome Amazônia deriva de amazonas, guerreiras mitológicas. Segundo lenda, as amazonas pertenciam a uma tribo comandada por Hipólita que não aceitava homens: as crianças de sexo masculino eram entregues aos pais. Amazona significa sem seio, em grego, porque a lenda também dizia que tais mulheres cortavam o seio para melhor manejar os arcos. A lenda foi transportada para a América do Sul pelos conquistadores espanhóis, pioneiros na exploração do rio Amazonas que, ao se depararem com índias guerreiras (em contraste com a cultura européia, na qual a mulher tinha apenas funções domésticas), acreditaram terem finalmente encontrado as amazonas."

Amazônia também é vida



Era uma vez uma floresta com animais e árvores enormes...
Essa não é mais a realidade da Floresta Amazônica...
Há muito tempo as árvores estão sendo cortadas sem reflorestamento. Isso mostra que os homens só pensam em dinheiro...
E as queimadas? Algumas pessoas fazem queimadas enormes!
O tráfico de animais é outro problema muito sério da floresta... Várias pessoas estão traficando animais ilegalmente, não só para o exterior, mas para o Brasil também. Pessoas traficam aquelas espécies maravilhosas que só existem na floresta Amazônica. Algumas espécies, que nem foram registradas ainda, poderão entrar em extinção!
A "nossa" floresta é muito rica e diversificada com as árvores raras, árvores antigas, animais belíssimos... É uma pena que nós, brasileiros, sejamos os maiores responsáveis pelo desmatamento que tem ocorrido por lá...
Nós deveríamos ter orgulho de ter esta floresta natural em nossa pátria. Acho que se todos pensássemos assim, nossa floresta estaria bem melhor!
Vamos salvar a Amazônia!!!

Reflexão...


Poemas

Amazônia
Amazônia é uma beleza da natureza.
Da Amazônia vem o ar que gostamos de respirar.
Amazônia é uma magia que só traz alegria.
O que sentimos pela Amazônia é uma paixão que vem do coração!
Amazônia traz vida e bastante alegria.
Quando vemos é impressionante. É um momento emocionante.
Não pense em desperdiçar e gastar, pense em reciclar.
Amazônia é uma beleza com grandeza.
A Amazônia nós não devemos estragar e sim ajudar.
Amazônia não é uma floresta normal, é uma floresta tropical.
Na Amazônia tem muitos animais, alguns são legais.
Se você estragar a Amazônia, matará vidas e muitas alegrias.
Para a Amazônia abra os braços e diga:
VIVA A AMAZÔNIA!!!





Linda Amazônia

Lindas árvores
Belas flores
Águas limpas
Peixes nadadores.

A natureza
é uma beleza!
Os animais
são lindos!
Os índios
nossos irmãos!

A Amazônia
Conta com vocês...

Acróstico


Radiante
Igualdade
Original

Amor
Muito bonito
Amoroso
Zoológico de peixes
O maior
Natureza
Amazônia
Sabedoria



Amazônia

Amazônia é um ar que todo mundo gosta de respirar
Amazônia é a vida, é uma alegria
Amazônia não é normal
É legal e Sensacional

Quando vemos a Amazônia
A gente não acredita
Sua beleza é infinita
Na Amazônia tudo é legal
Não tem nada de mal

Amazônia tem tudo que você imaginar
É um grande lugar
Não vamos pensar em desmatar
E sim em replantar

A Amazônia é uma natureza
Cheia de beleza e pureza

Sem ela nós não iremos sobreviver
Poderemos acabar sendo extintos
como aconteceu com os dinossauros
Pare de desmatar, poluir, queimar
E VIVA O VERDE!

Luiza Mesquita
5ªB


A Beleza


A nossa beleza, minha gente
é de dar até insônia
vocês precisam conhecer
a nossa Amazônia

É de encher os olhos
a tão imensa beleza
da nossa natureza.

Muitas plantas e animais
espalhados pela floresta
de tão bonito o som
Parece até uma festa!


A Amazônia

Amazônia, tão bonita
Como pode ser destruída
Tão cheia de árvores
o que queres
com a floresta mais cheia de vida do mundo?

Luiza de Sousa 5ªD


Amazônia

Amazônia, 30% destruída
desmatada pela soja
e pela agropecuária
Amazônia: árvores caídas

Amazônia: floresta de vida
Árvores e pássaros,
índios e matas,
rios e plantas,
vida sofrida.

Amazônia, não se preocupe
as pessoas vão te ajudar
Estão todas reunidas
Todas vão te salvar!

Amazônia, Terra do Verde
Terra da Esperança,
Terra do meu Brasil,
Terra do meu lar

Amazônia, nós, brasileiros honestos,
lutamos por você!
Faremos o melhor
para te defender!

Amazônia, nós te amamos!!!

Floresta Amazônica

Apesar do desmatamento, a floresta amazônica ainda é a maior e mais rica floresta tropical do planeta, e ocupa quase a metade de todo o território brasileiro.

Só no Brasil, ela está presente em nove estados: Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá, norte do Mato Grosso, leste de Tocantins e Maranhão.

A floresta cobre 5,5 milhões de quilômetros quadrados (o equivalente a 1 milhão de campos de futebol!).

Além da riqueza representada pela imensa variedade de animais e plantas, a floresta também é fonte de muitas coisas úteis. O guaraná, por exemplo, é uma frutinha que nasce na floresta. É dessa fruta que se faz o mais brasileiro dos refrigerantes.

A borracha também é produzida na Amazônia, a partir do látex, um material extraído das árvores. Muitos cientistas estudam as ervas e plantas da região para fabricar remédios para as mais diferentes doenças. Essa é uma das maiores riquezas que a floresta esconde.

Dizem que a natureza da Amazônia é tão rica por causa do clima da região, chamado equatorial. Faz calor o ano inteiro e chove todo dia na floresta. As chuvas constantes alimentam os rios da Amazônia, que estão entre os maiores da Terra.

Na foz do rio Amazonas (quando ele termina seu curso, desaguando no mar) um fenômeno curioso acontece: a pororoca. O rio entra com tudo no mar e forma ondas de até três metros de altura. O mar responde e manda o rio de volta com mais ondas.

Os rios da Amazônia são o melhor caminho para entrar na floresta. Pegar carona num barco com alguém que mora nesse mundão verde é a melhor maneira de conhecer os lugares e as histórias desse paraíso de bichos e plantas. É diversão garantida: na Amazônia tem história que não acaba mais.

Aprenda mais um pouco sobre os principais estados que abrigam a floresta:



Bandeira do Acre
Capital: Rio Branco
População: 527.937 habitantes
Número de municípios: 22

Bandeira do Amazonas
Capital: Manaus
População: 2.580.860 habitantes
Número de municípios: 62

Bandeira do Pará
Capital: Belém
População: 5.886.454 habitantes
Número de municípios: 143"

Por que reciclar?



A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg.
* Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.
* Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.

Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de alumínio, de 80 a 100 anos. Porém todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades.

Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita.

Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar...

E você, por que acha importante reciclar? Deixe seu recado!

Frutos da Reciclagem

Olá!
A professora Rogéria, trouxe notícias do que vem acontecendo no Colégio Santo Antônio...
Existe no CSA uma campanha de reciclagem de latinhas, que começou em 2002, ano em que ela estudo com seus alunos O Meio Ambiente. Naquela época surgiu a idéia de juntar latinhas e com o dinheiro da venda das mesmas para reciclagem, comprar cadeiras de rodas para doar aos necessitados. Desde então a campanha não parou mais!!!
Com o andamento do projeto "Fraternidade e Amazônia", ficou ainda mais acentuada a nossa preocupação com o meio ambiente, e a campanha está um sucesso!!! Os alunos trazem latinhas de casa, das festas e churrascos que participam, e assim, só com a venda das latinhas de fevereiro, março e abril já deram para comprar 2 cadeiras de rodas, que serão doadas:
Uma para o Recanto da Saudade (lar de idosos), localizado no bairro Funcionários;
Uma para o Lar Tereza de Jesus (casa de apoio a pessoas em tratamento de câncer), localizado no Prado.

Aqui vão alguns números do que já fizemos até hoje:

- Aproximadamente 40.000 latinhas recicladas;

- Compra de 10 cadeiras de rodas (sendo 9 comuns e 1 motorizada);

- 2666 kg de bauxita poupados;

- Economia de energia elétrica que seria capaz de manter um aparelho de TV ligado 24 horas por dia durante 5.000 dias (isto mesmo, durante 13 ANOS e meio!!!)

Parabéns CSA!!!

Será assim no futuro?



Espero, sinceramente, que não!!!

O que fazer para salvar a floresta?



  • O Brasil precisa adotar imediatamente um programa nacional de combate ao desmatamento na Amazônia, com apoio financeiro da comunidade internacional.
    O programa criaria uma força-tarefa interministerial, com a participação de entidades representativas da sociedade civil e dos setores produtivos, para deter o avanço do desmatamento e reduzi-lo a zero.
    Entre as medidas necessárias para impedir uma maior destruição da Amazônia, destacamos:

  • A implementação dos compromissos nacionais e internacionais assumidos em 1992 durante a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB);


  • A destinação das áreas griladas na região amazônica (que, de acordo com dados das CPI da Grilagem chegam a 100 milhões de hectares, ou 20% da Amazônia Legal) para a criação de áreas de proteção como parques e reservas extrativistas de uso sustentável;


  • A implantação das unidades de conservação já aprovadas e que até hoje não saíram do papel;


  • Redirecionamento do programa nacional de reforma agrária para áreas já desmatadas;


  • Fortalecimento das instituições encarregadas da proteção ambiental como Ibama e secretarias estaduais de Meio Ambiente;


  • Adoção de mecanismos fiscais que punam a extração ilegal de madeira e beneficiem exclusivamente a produção de madeira através de manejo florestal sustentável e certificado pelo FSC.


  • Fortalecimento institucional e financeiro a projetos de manejo florestal comunitário;


  • Expansão dos programas governamentais de combate às queimadas;


  • Demarcação de todas as terras indígenas.


  • Conter a destruição das florestas se tornou uma prioridade mundial, e não apenas um problema brasileiro. Restam hoje, em todo o planeta, apenas 22% da cobertura florestal original. A Europa Ocidental já perdeu 99,7% de suas florestas primárias; a Ásia, 94%; África, 92%; Oceania, 78%; América do Norte, 66%; e América do Sul, 54%. No caso específico da Amazônia brasileira, o desmatamento que era de 1% até 1970 pulou para quase 15% em 1999 – em quase 30 anos, uma área equivalente à França foi desmatada na região. É hora de dar um basta nisso.

Uma Homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente


Cuidar da Mãe-Terra é a nossa única opção.
Vamos preservar o meio ambiente!

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